Um olhou para o outro
Não sei quem começou a história
Se foi a princesa ou se foi o sapo
Tudo foi de repente
Numa estrada entre o castelo
E a favela dos pés descalços
Em um momento rápido
Daqueles que você passa
Por uma paisagem e apenas contempla
Eu vi em seus olhos
Manhãs tão ternas que não pude
Deixar de querer sonhar
E realizar entre seus braços todos meus desejos
Tente me transformar em seu príncipe
Me dê um beijo
E quem sabe poderei te amar um pouco mais
O céu é o limite e ele é tão algo
Mas, tudo bem, meu coração consegue
Posso ser pequeno e feio
Mas o que sinto é mais belo
E o mais importante, pois no final das contas
Ao pó todos nós voltaremos
E quando partirmos deste mundo
Tudo que levaremos são sentimentos
Que guardamos em compartimentos
De nossa alma imortal
Portanto, não sei como chegamos aqui
Não foi minha culpa e nem sua
Talvez seja o destino verdadeiro culpado
Ou talvez o universo que conspira
Pela felicidade de todos nós
Sei que foi por causa daquele olhar
Que o amor se fez entre nós
E agora estamos aqui
Eu continuando um sapo
E você ainda é a bela princesa
Que reina maravilhosamente
Nas regiões constantes deste coração…
Autor: Adriano Villa