Quero você por hoje e amanhã
Já cai tantas vezes
Perdi as contas de quantas vezes
Chorei sozinho em um canto escuro
Não havia ninguém que desejasse ouvir
Muitas pessoas jogaram suas palavras em meus ouvidos
Tentando descobrir o por que do meu peito ferido.
Eu juro que também gostaria de saber
Por mais que desejasse alguém ao lado
No final de toda festa estava sozinho
Seguindo sempre pelo mesmo caminho.
Um dia olhei para os céus
E perguntei se aquele era meu destino
Se fosse seguir só
Que ao menos caminhasse consciente
Sem a esperança de alguém na minha vida
Para tornar-me contente.
Eu esperaria pelo próximo amanhecer
Mas, por um nascer de um sol
Não queria mais ver nenhuma esperança padecer.
E quantas vezes eu olhei nos olhos
E vi duas estrelas brilhando?
Eu via um novo mundo
Ou era apenas um espelho da minha alma?
E quantas vezes mergulhei fundo
Na umidade que se forma na boca
Procurando saciar a sede de meu corpo
Enquanto na verdade, era minha alma que precisava ser saciada?
Foram tantos dias, tantas primaveras, invernos e verões
Nestas três estações eu sobrevivi dia a dia
Aceitando a dor e o destino, ignorando a verdade que crescia
Nas profundezas da minha incompreensão
Mas hoje eu sei, eu vejo em teus olhos
Meus novos horizontes, o novo amanhecer
E nos teus lábios, eu sei, que existe algo mais
Do que simples tentação
E hoje, eu também sei, que para tudo existiu uma razão
Cada passo na vida nos leva ao amadurecimento
Pois precisamos estar preparados para as grandes lições da vida
E é a própria que cura as feridas
E nos mostra que tudo que passa, mesmo que seja dolorido
Faz parte do destino, artes do cupido…
Que nunca tarda a acertar um coração sofrido…
Foram tantos dias sem você
Que hoje em dia um dia apenas não é suficiente
Pela manhã… pelo anoitecer… por hoje e amanhã.
Autor: Adriano Villa