Poema de Solidão
Eis que me vejo em silêncio em meio a multidão
Antes de você, confesso não havia tal situação,
Era uma alma simplesmente livre, sem prisão
Que possuía o mundo e toda sua imensidão…
Era um novo dia a todo momento, qualquer estação
Um lugar propício para toda indagação, minha questão
E subitamente, o que era belo mudou de repente
E agora me vejo aqui preso e isso é tão impudente…
Mas, para me justificar, penso que nada podemos controlar
Por mais que tentamos caminhar a distância de alguns portões
Em algum momento iremos encontrar algo que nos fará enxergar
Que existem muitas outras possibilidades distante de suas razões…
Talvez seja uma loucura ou até mesmo um castigo, pois
É como se meu coração estivesse profundamente ferido
Sabe, quando parece que alguém infelizmente o partiu
E depois de quebrá-lo sem qualquer remorso, sumiu…
E olha que tentei de muitas maneiras dessa loucura me esquivar
Mas eis que, inesperadamente, veio a me encontrar
E agora, aprecio no silêncio do momento, uma espécie de vazio
E meus pensamentos buscam na lembrança teu sorriso
E tento imaginar se sua presença acabaria com meu frio
Afinal de contas, é exatamente o que esperamos do amor
Algo para trazer para nossas vidas um pouco de sabor
E também, uma razão para se perseguir mais calor.
E enquanto você não vem, não desce do campo dos sonhos
Fico pensando e apreensivo com esta novidade solidão
Que me faz pensar em você, enquanto torço para ter você no coração.
Autor: Adriano Villa