No espaço sideral
Teu reinado no escuro
Teu brilho em meus sonhos
Teu rastro é um absurdo
Que não posso seguir.
Quem é o dono de seu caminho?
Quem pode viajar debaixo de seu braço?
Eu por muitos anos vivi sob a poeira
Dos restos de uma antiga história
Enquanto você disputava as alturas
Perto das estrelas
Enquanto eu aqui embaixo só podia
Rezar para logo passar o dia.
Você é o desejo
Que a estrela cadente não realizou
Você é o presente que ainda não chegou
Você é a mentira que finjo ser verdade
Você é apenas os restos da antiga idade
A fantasia de algo que não podia acabar
uma fênix perdida no tempo
Um olimpo ocultado pelas nuvens da decepção
É um sonho que poderia ser eterno
E que se torna um pesadelo
Por saber que estamos no espaço sideral
Onde estrelas brilham e iluminam a escuridão
mas o dia novamente nascerá e com ele
a lembrança quebrará em dois
meus pensamentos seguirão o vento que soprar
e a fome de meus lábios será soprada pelo vento
e meus pensamentos germinarão tua essência
e a sim meu desejo crescerá entre os jardins
e jamais terá fim, como as constelações
que seguem para o infinito
distante e longínquo
o lar dos poetas e dos desafortunados
descansarei minha cabeça em meio a tantos anseios
e perto de Deus rezarei por sua grandeza
para que mantenha seu brilho
que mantenha sendo um impulso para sua altura
pois ao menos me ergui sobre meu próprio esforço
não lhe alcancei, mas ao menos fui feliz
de sentir apenas a emoção por um pouco
então brilhe no horizonte distante
você não pode ser a razão de minhas palavras,
mas ao menos pode continuar sendo ficção.
Autor: Adriano Villa