Minhas últimas palavras
Hei eu tenho que partir
O dia esta para nascer
Você sabe que não posso com seu brilho
Agora eu preciso ocultar
Meus olhos
Eles derramam lágrimas
E você sabe que não posso chorar
Mas obrigado pela noite
Eu pude encontrar muitas coisas em seu olhar
E também, descobrir
Mais um lugar que jamais poderei chegar
E ele se encontra com suas pernas
No desvio que existe entre seus lábios e seu coração
Deixe-me partir agora
Eu tenho lágrimas nos olhos, e são vermelhas
E não mancham apenas minha camisa
Mas cortam meu peito em dois
Sei que aqui não bate mais um coração
Eu tenho apenas um mecanismo que bombeia meu coração
É tudo que ele pode fazer para ser útil
Não existe mais razão para continuar
Todo caminho agora parece inútil.
Mas, eu tenho que partir
E os restos de meu coração
Se despedaçam
Mais uma vez, como uma ruína antiga
Que serve apenas para ser vista e contemplada
Estas são minhas últimas palavras
Escritas com a alma que persiste no invólucro
Que ainda espera algo para eleva-la aos seus
Eu parto em silêncio
Escondo meu rosto
Não poderás ver minhas lágrimas
Não poderá ouvir meus gemidos de dor
Não poderás me encontrar nos pensamentos
Pois serei apenas um novo tormento
Como serás o meu ao passar dos anos
Quando o pensamento mais traidor bater a porta
E nos perguntar…
Como teria sido…
Eu parto agora, afinal, todas as histórias tem final parecido
Mas agora parto, com o coração partido
Mas com a felicidade de ter vivido algo bem vindo.
Autor: Adriano Villa