Homenagem póstuma a mãe falecida
Confesso que, apesar de natural,
Isso é algo que nunca esperei.
E não me condene, acho normal
Todo filho pensa que a mãe é imortal.
E, acredito que deveria realmente ser
Afinal de contas, é um ser humano
Que tem o dom de ao mundo trazer
A continuidade da existência.
E com você, minha querida mãe,
As coisas não poderiam ser diferentes
Ainda me pergunto por que teve que partir
As mais deveriam ser imortais, para sempre existir.
Pois mesmo quando os filhos contam com suas famílias
Ainda são as antigas crianças pequenas que criaram
Uma mãe nunca deixa de olhar seu filho como uma criança
E pode ser engraçado, mas isso é o coração de esperança.
Pois toda mãe deseja ao filho toda felicidade do mundo
Nenhuma quer presenciar o sofrimento, pelo contrário
Quer estar próximo de toda felicidade que pode ter
Posso afirmar que foi para isso que vieram a nascer.
E mesmo assim, deixamos tantas palavras de lado
Esquecemos de dizer todos os dias o quanto são importantes
Hoje sinto falta de nossas conversas e, sinceramente
Eu deveria ter estado por perto mais vezes
Mas o mundo que vivemos às vezes nos afasta de um jeito inesperado
Nos envolve com a corrida das horas e quando percebemos…
Já não reconhecemos nossa própria imagem no espelho
E, de repente, somos surpreendidos por esse fato que nos deixa machucados.
E por isso, deixo esse pequeno pedaço sobre onde descansa
Para que todos leiam e se lembrem que mãe é algo para se amar todo dia
E não apenas para abraçar no segundo domingo de maio
Como sempre fiz e que agora, sinto uma falta de ao menos ouvir a voz pelo telefone.
Autor: Adriano Villa