Eternamente Fulgaz
Meus pensamentos se infundem
Na tua loção sensual.
Então eu caminho adentro
Da solidão dessa estrada…
Meu peito rompe-se no topo
Desse gozo virginal,
E deságuo ao descobrir
Que minha saudade não é alada…
As asas se dissiparam
Na vastidão desse caminho.
Tentei fazer a alquimia perfeita
Para não te perder.
Mas aqui, nesse deserto,
Estou desnudo e sozinho,
Misturei notas, criei acordes,
E não encontrei você…
Como um perfumista,
Peguei a essência de diferentes rosas.
Mas a química perfeita da tua alma
Parecia não existir mais.
Em versos vãos, transformei lembranças
Em simples prosas…
A saudade do teu cheiro
Envenenou-me em nos umbrais!
Diante dessa estrada
Empoeirada de anêmica paixão,
Acho que a sombra da morte aparece
Em sorrateiros sinais.
E ao perigoso romper desse iludido,
E indelével coração,
Destilo-me junto ao chão
No aroma vermelho dessa lembrança fugaz…
Autor: Desconhecido