Talvez um Adeus
Vá e siga pelo caminho
Força nos braços
E fé no coração
Siga pela estrada
E alcance a perfeição
Todos os sonhos
Todos os planos
Com convicção
Não olhe para traz
Não perca tempo
Com recordação
Tudo nesta vida
É passageiro
Até mesmo a dor no coração
E nada melhor que o tempo
Para fechar as feridas
Mas agora vá
Olhe para o horizonte
A verdadeira fonte
Do desejo de não voltar
Para trás
A vida lhe espera
Então segure no mastro do tempo
E siga sem rumo para o amanhã
Pois a única certeza é o fim
E mesmo assim
Há tantos capítulos para serem escritos
E tantas estrelas para contar
Tantos buracos para cair
E tantos ombros para se levantar
Talvez este seja um adeus
Para um outro dia ou talvez nunca mais
Mas o que esperava eu?
Que sou apenas mais um maldito
Um daqueles que escreve os mais belos
Com o sangue que desce do coração
e lágrimas que fogem em rebelião?
Sou apenas um poeta
um homem que conhece
o inferior e superior
do amor.
Autor: Adriano Villa