Há quanto tempo esperava por você
Faz tanto tempo que devo confessar que já não acreditava,
Temia o fato de ser condenado a despertar todos os dias
Sem alguém que verdadeiramente fosse delicada companhia
Eu rezei durante muito tempo para sentir tal sentimento
Mas parece que meus pensamentos não chegavam aos céus
Talvez, precisasse de algum anjo para leva-las até os ouvidos
De Deus e dizer de uma forma tão verdadeira para deixa-lo comovido
Mas não tinha nenhum emissário das boas novas… Nenhuma esperança…
Os dias seguiam o fluxo vazio de todos os dias sem colorido
Até mesmo as borboletas sobrevoavam um imenso vazio
E mesmo com o sol sobre minha cabeça, sentia imenso frio
Algo que não se pode explicar, ainda mais por um coração perseguido…
Perseguido pela dor e pela solidão feroz que nos devora
Pelo desejo voraz de um beijo, abraço ou qualquer prova
De amor, de gostar, de adorar ou até mesmo do ficar
Pois felizes são aqueles que podem, no deserto a boca molhar
E eu era um peregrino perdido entre as areias do sentimento
Tempestades de desgostos elevavam o tormento, perdi tanto tempo
Mas, inesperadamente, como um oásis surgiu diante do olhar
E aos poucos foi me alimentando, mostrando o que é amar
E agora que a certeza de que não era um sonho
Devido a sua incrível perfeição, posso dizer
Que te esperei durante muito e muito tempo
E agora, lhe entrego, a chave de todo meu sentimento…
Autor: Adriano Villa